Se você leu a biografia de Slash ou Duff antes desta, você certamente vai se decepcionar. 

Não podemos deixar de reconhecer a expressiva bateria de Adler em AfD, é um dos pontos fortes que ajudou a fornecer uma identidade única para aquele álbum, ajudando a fazer com que seja disparado um dos melhores álbuns de Rock de todos os tempos. Porém, não espere um livro biográfico com histórias sobre músicas, suas influencias no artista, suas experiências com outros músicos e drogas. Não é nada disso. O livro trata quase que estritamente sobre drogas e suas consequências. E não há espaço para arrependimentos, e esse é o inicio do problema. 

Mesmo não sendo feminista, me incomodou profundamente o fato dele citar nomes e tecer comentários ofensivos e misóginos sobre as mulheres com quem teve relacionamentos. Teve somente duas que não foram alvo de seus ataques. Não só mulheres, mas alguns homens também foram expostos, que o diga Steve Tyler. 

Biografia vazia, de alguém que usa de falso sarcasmo para se vitimizar e se vangloria do excesso de drogas que consome e mulheres que usa. Biografia de alguém que não tem qualquer interesse de progredir, somente de se manter no espiral de destruição. Não perca seu tempo. 

"Vocês hoje estão queimando um ganso (Huss significa "ganso" na língua boêmia), mas dentro de um século, encontrarão-se com um cisne. E este cisne vocês não poderão queimar." 

Foi a última frase dita em vida por Huss, que é citada inclusive em pre vestibulares seculares, mas o livro não menciona. Se tem essa lacuna, deve outras tantas. 

É uma boa mensagem para ler nestes tempos sombrios. 

Mas se você não acredita na cosmovisão de Piper (ele é Calvinista), você não concordará com muita coisa que ele apresenta no livro. 

A base do raciocínio de Piper é: Coronavírus é fruto do pecado do homem e no final do livro ele aponta o homossexualismo como um desses frutos. 

Se tiver a mente aberta e analisar o livro dentro de um contexto bíblico, não à luz do mundo, você entenderá.