Michael Joseph Jackson: *29.08.1958 +25.06.2009


"O amor é filme...."
É interessante o formato de filmes que caracterizam o cinema nacional. Confesso que tenho muito o que aprender, já que aprendi a gostar de Cinema Brasileiro há tão pouco tempo... E aprendi graças a Selton Mello.
E falando no apresentador do Tarja Preta (aquele programa do Canal Brasil que te ensina História e Teoria do Cinema Brasileiro, mesmo que de forma não intencional), uma das produções que me fez enxergar o nosso cinema com "simpatia", ou como diz "O cara" do nosso Cinema, fez "encher os olhos", foi Lisbela e o Prisioneiro. Pode parecer mais uma comédia romântica interiorana e mais que comercial, mas Guel Arraes dirigiu de forma profissional. Tudo está equilibrado, nada está com exageros banais, como esse tipo de filme tende a ceder para a overdose de romantismo ou de "situações cômicas sutis". Ele foi esperto ao dirigir uma história banal, mas usando de forma inteligente a temática "filme sobre filme". Selton Mello está excelente como o malandro Leléu, bem caracterizado e com emoção na dose certa. A simpática Débora Falabella está bem como Lisbela, a mocinha sonhadora que mescla a sua vida com os filmes americanos. A vida imita a arte ou a arte imita a vida? Para Lisbela, a arte é como a vida e a vida tem que ser como nos filmes, tudo começa, prossegue e finaliza da mesma forma, com os mesmos padrões. Bruno Garcia está magistral como um pernambucano com sotaque carioca e gírias paulista. O exagero, o caricato na medida certa. Finalmente, Brasil aprende a usar uma fórmula usada no cinema americano, mas extremamente funcional, capaz de dar uma identidade a uma obra cinematográfica: a trilha sonora. Vai me dizer que não lembra de Caetano Veloso e seu "Você não me ensinou a te esquecer", tocadas nas rádios a exaustão? Mas nem tudo são músicas melosas para fixar nas AM/FM's da vida, há também o excelente Cordel do Fogo Encantado e sua maravilhosa batida, afinal o filme se passa em Recife e nada mais justo um dos grupos que é a pura identidade sonora daquele estado estar na trilha. O que dizer da inusitada união de Sepultura e Zé Ramalho em "Dança das borboletas", tema de Leléu? "O matador", de Sepultura, uma rock instrumental com a inspirada guitarra de Andreas Kisser impressiona dando um ar mais severo e um tanto melódico ao personagem Frederico Evandro do básico Marco Nanini. É uma obra do nosso cinema que entrou para a história. Se eternizou definitivamente. Vale a pena conferir seja o tempo que for...
OBS: Eu ainda vou conseguir recuperar "Lisbela" do Los Hermanos, cantada por Selton Mello. A dificuldade que está para achar essa gravação novamente... Maldito despejo de memória, ou seja o que for...
"hello Darkness, my old friend..."
Watchmen -
Adoro filmes baseados em HQ. Com exceção das produções iniciais de Batman com seus trajes nada heróicos expondo a barriga protuberante do homem morcego ou pelo exagero das "cenas onomatopéicas" e suas atuações extremamente caricatas, eles conseguem trazer movimento ao que simulamos em nossas mentes ao lermos os quadrinhos. Sin City foi revolucionário nesse sentido, ao transportar os quadrinhos 100 % para a tela do cinema, com todas as suas cores, movimentos e cenários limitados e deveria servir de escola a muitos filmes que não tivesse a intenção de tornar um cenário tão humano (e ao mesmo tempo, sombrio) quanto Batman.
Assisti Watchamen com o mesmo interesse que tenho por filmes como Batman - The Dark Knight. Até a metade do filme, foi realmente interessantíssimo: bom enredo, ótima trilha, com destaque para Sound of Silence de Simon & Garfunkel, uma perfeita sincronia entre imagem e som. Como unir Bob Dylan a Watchmen se não fosse pelo cinema? O toque preto e branco em algumas cenas ficaram magistrais. Porém, o filme se perdeu de tal forma, que não faria sentido ter uma continuação. Com o tempo, se tornou mais um filme como outros. Se até o final fosse naquele padrão, Watchmen seria um dos maiores e melhores filmes de ação via HQ. Mas, continuo a assistir pela excelência da intro e da boa trilha... mas só assisto até a metade do filme...
Minha pergunta e a resposta... de Selton Mello!
Minha pergunta e a resposta... de Selton Mello!
Pink Floyd: Live at the Pompeii
